Quem nunca teve uma paixãozinha por um primo? Mas se você foi mais longe e hoje se vê casada com seu primo, já deve ter ouvido muitos “conselhos” ou pessoas falando que não pode ter filho, que é perigoso e etc.
Aqui no Brasil é muito comum, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Em outros países é até proibido, tido como incesto, é como se fosse um casamento entre irmãos. O que acontece é que proibida ou não, a relação entre primos ainda é meio que um tabu e ouvimos muito pouco a respeito.
Realmente uma relação entre primos é algo que inspira cuidados sim, mas não é nada tão preocupante como as pessoas costumam pintar.
O que ocorre é que se você tem o gene de alguma doença, a chance do seu marido, que é também seu primo, ter o mesmo gene é bem grande, afinal a família é a mesma, logo a genética é a mesma.
Quanto maior a proximidade, maior o perigo. Mas agora vamos para números para você ver que não é nada tão sério. Um casal normal, que não tenha consanguinidade, tem entre 3% de chance de ter um filho com algum problema genético, a chance de um casal de primos em primeiro grau é o dobro, ou seja, entre 6%.
Isso quer dizer que a cada 100 casais de primos de 6 casais poderão ter filhos com problemas genéticos e 94 poderão ter filhos totalmente saudáveis.
Um estudo da Universidade de Massachusetts diz que as chances de um casal de primos ter filhos com alguma deficiência são as mesmas de uma mulher de 40 anos. Mas, quando uma mulher dessa idade decide engravidar todo mundo acha lindo e encoraja, mas quando um casal de primos decide ter um filho as críticas são muitas.
Existe forma de resolver ou descobrir antes?
Existe sim. A primeira forma é analisar a sua família. Tem crianças com problemas genéticos na família? Se não tem, a chance já diminui bastante. Não é eliminada, afinal o gene pode ser recessivo e unindo dois pode gerar um filho com uma doença genética.
Dá para descobrir fazendo um mapeamento genético, que qualquer geneticista pode fazer. Agora resolver é algo mais complicado. Há um método de, depois de descoberto o gene problemático, isolá-lo e fazer uma inseminação in vitro.
Agora imagine o preço! Se uma inseminação in vitro comum já é cara, pense em um isolamento de gene e tudo mais. Não deve ser nada barato.
Você então tem duas opções: arriscar ou adotar. Converse com o seu marido, converse com o seu obstetra, procure pegar muitas informações dos especialistas.
A adoção também é uma opção maravilhosa, é uma demonstração de amor ao próximo. Existem tantas crianças que não têm família, que dariam tudo para ser seu filho. Que tal tentar?
Mas se você não abre mão de ter um filho seu, gerado no seu útero e prefere arriscar, coloque nas mãos de Deus, ele não dará uma cruz maior do que a que você possa carregar.
E quer um exemplo de um casal de primos que tiveram uma filha linda e saudável?
Eu e meu marido… isso mesmo… eu, a redatora deste post, sou casada com um primo em primeiro grau, filho da irmã da minha mãe, tivemos uma filha perfeita e saudável.
Independente da decisão que você tome, ela deve ser tomada juntamente com o seu marido e ninguém mais deve se meter, nem mesmo o médico, ele deve apenas ajudar passando informações.
Você tem todo o direito de procurar outros médicos, pegar uma segunda opinião. Não deixe que as pessoas decidam por você, pesquise, converse, pense bastante, só vocês dois podem tomar essa decisão.