Enquanto nosso bebezinho está dentro da nossa barriga as nossas formas de interação com ele não são muitas, principalmente enquanto ainda não o sentimos mexer. E a interação do papai demora mais ainda.
Essa sensação é muito atenuada quando fazemos os exames de ultrassom. Não tem nada mais legal do que ver seu bebê se mexendo, chupando o dedinho, dando pulinhos, ainda mais para o papai que só tem essa opção.
Mas a ultra não serve só para isso, ela é uma ferramenta muito importante para identificar problemas de má formação e para saber se o bebê está no tamanho e no peso ideal de acordo com a semana de gestação.
Existem duas ultras importantíssima que são a primeira, logo assim que você descobre que está grávida, e a ultra com 13 semanas de gestação.
Em alguns casos elas coincidirão, quando, por exemplo, você descobrir de forma tardia a gestação, mas não é o mais comum já que os sintomas da gravidez aparecem logo entre quatro e oito semanas e são inconfundíveis.
A primeira ultra feita entre seis e oito semanas de gestação é importante para saber se o embrião tem batimentos cardíacos. É muito triste, mas em muitos casos o embrião foi formado, mas não tem vida, e nesses casos é preciso fazer uma curetagem. E é por isso que não é adequado contar a novidade para todos antes dessa ultra, pois isso não é muito raro acontecer.
Porém o mais normal é você chegar lá e já se emocionar com os batimentos daquela sementinha, que, apesar de ter apenas o tamanho de um grãozinho de feijão, já tem um coração que bate forte, bem forte, pelo menos o dobro da velocidade com que bate o seu.
Coração batendo, tudo ok… a próxima ultra é feita preferencialmente com 13 semanas, mas pode ser feita entre 12 e 14 sem que haja alteração nos resultados.
E por que essa ultra é tão importante?
Nela é medida a translucência nucal e verificada a presença de osso nasal no feto. Esses índices informam a chance de o bebê ter uma doença genética como a Síndrome de Down por exemplo.
A translucência nucal é um espaço transparente na nuca do feto e por isso deve ser feito entre a 12ª e a 14ª semanas de gestação já que depois disso esse espaço deixa de ser translúcido. Existe essa transparência por acúmulo de líquidos nessa região, mas esse espaço não deve ser maior que 2,5 mm.
Caso o valor esteja acima desse o outro índice também vai influenciar bastante no pré-diagnóstico. É a presença de osso nasal. Caso não existe osso nasal, existe uma chance de haver um problema genético.
Mas você percebeu que eu citei pré-diagnóstico? Esse exame não é conclusivo. Se esses índices derem alterados na sua ultra, não se desespere e tenha muito cuidado com o exame que o ultrassonografista vai te sugerir.
Converse muito com o seu ginecologista sobre esse exame, pergunte sobre os riscos. No exame de sangue feito em você não há riscos, o problema se encontra nos exames super invasivos como a biópsia do vilo corial ou a amniocentese.
Esses são exames que podem concluir ou descartar essa suspeita, mas muitas vezes não valem o risco. Existe o risco de aborto nesses exames, eles são bastante invasivos e não vão reverter o quadro caso realmente haja uma doença genética. Você apenas vai confirmar.
Eu já li o relato de uma mãe cujo exame de translucência deu alterado e o ultrassonografista a sugeriu fazer um aborto… acreditem: um médico sugeriu isso, e o mais impressionante: o bebê dela nasceu 100% saudável.
Meninas, não tomem nenhuma decisão precipitada! Como eu disse esse exame não é conclusivo. Tentem pensar o seguinte: “não tem nada que eu possa fazer, apenas esperar, se o meu filho realmente tiver uma síndrome eu vou amá-lo do mesmo jeito”.